Os transtornos alimentares são condições que afetam cada vez mais jovens em todo o mundo. Esses transtornos incluem anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno da compulsão alimentar periódica, e podem ter efeitos graves e duradouros na saúde física e mental desses jovens.
Como nutricionista, é importante conscientizar os pais sobre os sinais e sintomas indicativos desses transtornos em seus filhos. Embora cada indivíduo seja único e possa apresentar sintomas diferentes, existem comportamentos disfuncionais comuns aos quais os pais devem ficar atentos.
Existem fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos alimentares, como a pressão social para atender a um padrão de beleza inalcançável, especialmente para profissões que valorizam a aparência, como bailarinas, modelos e atletas.
Além disso, o fácil acesso a informações sobre dietas extremas e o culto à magreza nas redes sociais também podem contribuir para o surgimento dessas condições.
Como identificar sinais de alerta?
Para prevenir ou identificar precocemente um transtorno alimentar nos filhos, os pais devem estar atentos a mudanças repentinas no comportamento alimentar e na imagem corporal.
Esses sinais podem incluir a adoção de dietas restritivas, o medo de ganhar peso, a preocupação excessiva com a aparência física e a prática compulsiva de exercícios.
Os pais também devem incentivar hábitos alimentares saudáveis, com uma alimentação equilibrada e variada, sem restrições ou proibições de alimentos. É crucial criar um ambiente familiar saudável, com diálogo aberto e acolhedor, para fortalecer a autoestima e a autoconfiança dos filhos.
Um comportamento a ser observado é enrolar para comer ou evitar comer em público, assim como desculpas constantes para não comer ou fingir que está comendo durante as refeições. Além disso, o indivíduo pode levar muito tempo para terminar uma refeição ou deixar de concluí-la.
Outro comportamento disfuncional é o excesso de tempo gasto no banheiro após as refeições. Isso pode indicar que a criança ou adolescente está induzindo vômitos ou usando laxantes para eliminar os alimentos ingeridos. Por essa razão, os pais devem ficar atentos a desculpas frequentes para ir ao banheiro após as refeições.
Fazer muitas dietas e evitar certos alimentos ou grupos alimentares também é um sinal de alerta para transtornos alimentares. O jovem pode começar a cortar alimentos importantes, como carboidratos, gorduras ou proteínas, sem orientação de um profissional da saúde.
Além disso, pode recorrer a alimentos não calóricos, como chicletes, balas e bebidas sem açúcar, para suprimir a fome ou como uma forma de controle.
Por outro lado, o consumo excessivo de água também pode ser indicativo de transtornos alimentares. O indivíduo pode ingerir grandes quantidades de água para sentir-se saciado ou compensar episódios de compulsão alimentar ou purgação. O excesso de consumo de água pode desequilibrar os eletrólitos no organismo, resultando em sintomas graves, como desmaios e convulsões.
Como agir ao identificar sinais de transtorno alimentar?
No caso de suspeita de um transtorno alimentar no filho, é essencial buscar auxílio profissional especializado, como psicólogos, psiquiatras e nutricionistas experientes nessa área. O tratamento deve ser multidisciplinar e personalizado, considerando as necessidades individuais de cada paciente.
É importante lembrar que os transtornos alimentares são condições sérias e o apoio e compreensão da família são fundamentais para a recuperação do paciente.
Com amor, paciência e dedicação, é possível ajudar os filhos a superar esses desafios e promover um estilo de vida saudável e equilibrado.
Você ou alguém da sua família está enfrentando problemas relacionados a transtornos alimentares? Entre em contato com a Camila Secaf, nutricionista em Ribeirão Preto, que oferece orientação para essas condições, ajudando a desenvolver uma relação saudável com seu corpo e alimentação.